Capitulo 5
Estava olhando para o nada, havia uma cachoeira em minha frente, jorrava agua com toda força me obrigando a mirar aquela beleza exuberante. A agua se chocando com as pedras, fazia um som causando em mim uma calmaria inexplicável. Entrei no rio para me aproximar da queda d’agua, e claro queria me banhar, quando entrei o frio da agua me assustou mesmo assim continuei. Antes que pudesse chegar, Jake emergiu da agua, estava sem camisa e com um belo sorriso. Acenou me chamando, fui andando rapidamente ao seu encontro e tropecei numa pedra. Logo estava no fundo do rio me afogando. Gritava por socorro, mas Jake não perecia ter percebido meu sumiço.
--- Jake! Acordei aos gritos. Em instantes percebi que tivera um pesadelo, olhei em volta percebi que estava em um quarto de hospital. Comecei a me lembra de que estava com Leonardo no carro quando tudo se apagou. A porta se abriu. Era a enfermeira que veio me ver, ao perceber que estava desperto fez um sinal para alguém do lado de fora.
Entrou todo sem jeito Leonardo que esperava eu acordar do lado de fora.
--- Oi Ralph, você está bem? Disse Leonardo visivelmente preocupado e assustado.
--- Sim, não foi nada. Deve ter sido o calor apenas. Sibilei
--- Bom à hora que você quiser vamos embora. Comentou Leonardo.
--- Mas tenho que ter alta. Indaguei.
--- Ah sim! Vou chamar o medico. Leonardo saiu rapidamente pela porta.
A enfermeira veio até mim, com o aparelho de medir pressão e um termômetro. Com perguntas rotineiras como: você tem sentido algo? ; Desmaia com frequência? ; Toma algum remédio controlado? Respondi todas elas, e queria tanto ir para casa.
---Ralph! Me disseram que você passou mal! Disse Karine entrando pela porta como um furacão.
--- Oi minha irmã, já estou melhor. Foi um mal estar. Informei.
--- Ele vai ficar bem não é enfermeira?! Exclamou Karine.
--- Karine, não exagere. Realmente foi só um mal-estar. Murmurei.
--- Sr. Ralph vou falar com o medico e volto em seguida com sua alta. Disse a enfermeira saindo.
--- Meu irmão, ainda bem que foi apenas um susto! Disse Karine me abraçando.
Minha irmã estava tão eufórica, que imaginei o que o Leonardo tivera dito ou pior se teria alertado o Jake que precisa de concentração onde ele está. Não podia atrapalha-lo porque quanto mais concentrado Jake estivesse mais rápido viria sua promoção e a volta definitiva dele para mim, e dessa forma construirmos a nossa família estável e feliz. Como sempre sonhei em ter.
--- Karine, Jake foi avisado disso? Perguntei preocupado.
--- Não sei meu amor. Quer que eu avise? Disse minha irmã despreocupada ao contrário de mim.
--- Não! Quase gritei. --- Não que atrapalhar ele com uma coisa à toa.
--- Ai meu amor sempre querendo poupar os outros. Bom, como você está bem, o que acha de jantar comigo a noite?
--- Seria ótimo. Disse --- Precisamos ir ver o pai. Disse a ela.
--- Verdade faz tempo que não vamos lá. --- A vida também anda tão corrida. Murmurou.
Fomos interrompidos por Leonardo avisando que estava indo embora, e que o medico já viria dar uma olhada.
--- Ei, Leo? Não alertou o Jacob, certo? Perguntei tímido agora.
--- Não, achei melhor não. Disse ele meio triste.
--- Ai que ótimo. Obrigado. Disse entusiasmado. --- Realmente obrigado por tudo. Disse mais uma vez.
Ignorei a tristeza do Leonardo, estava muito feliz em saber que o Jacob estava lá concentrado.
Em seguida veio o medico que me fez uma dúzia de perguntas previsíveis e me liberou para casa. Na ida minha irmã dirigiu meu carro que Leonardo trouxera para mim. Conversamos sobre diversas coisas, casa, trabalho, Jake e Maria. Alias informei a minha irmã para não dizer nada para Maria, afinal ela contaria para o Jake que ficaria muito preocupado perdendo o foco no trabalho.
Ao entrar com o carro na garagem Maria já estava abrindo a porta da sala. Com um sorriso aberto.
--- Veio para casa mais cedo meu filho? --- Karine! Disse toda feliz.
--- Sim, Maria trouxe uma visita. Disse chegando perto de Maria e lhe dando um beijo no rosto.
--- Me deem licença vou tomar um banho e trocar de roupa. Disse a elas.
Enquanto ia entrando escutei Karine dizendo a Maria como a casa estava organizada e linda.
E Maria convidando-a a tomar café na parte externa da casa. Entrei no meu quarto e deitei na cama. Acho que preciso dormir ao invés de jantar fora, vou propor a Karine um jantar aqui em casa mesmo e vou para cama mais cedo, pensei. Levantei rapidamente e senti um enjoo, provavelmente causado pelos remédios. Tirei a roupa e fui direto ao Box, abri a torneira deixando a agua cair no meu corpo. Lembrei-me de minha mãe quando era viva, sempre me dizia que quando voltava de um hospital tomava um ‘super’ banho para tirar o ‘cheiro’ de hospital. Acredito que fiquei horas ali, mas se passaram meia hora. Troquei rapidamente de roupa e desci.
Karine estava parecendo à mamãe quando era viva, estava sentada de lado na cadeira do jardim conversando com a Maria. Maria nunca conheceu minha mãe, mas se a tivesse conhecido, com certeza iriam dar-se muito bem. Então elas perceberam minha presença e olharam em minha direção.
--- Karine quer mesmo jantar fora? Disse imaginando que Maria ficaria uma fera e faria de tudo para ficarmos e ela fazer o jantar.
--- Não, jantar fora coisa nenhuma. Vou fazer agora um jantar delicioso. Disse Maria indo para a cozinha.
--- Por mim tudo bem. Disse Karine.
Só faltei pular de felicidade, ia comer em casa e dormir mais cedo, na verdade estava com medo de sair para comer e passar mal novamente queria mesmo ficar em casa e a ‘salvo’.
Por que estava preocupado com isso? Não tinha nada a não ser uma noite mal dormida e um dia de extremo calor. Novamente senti aquele enjoo. E continuei conversando com minha irmã sobre os mais variados assuntos que iam de artes até politica. Quando cansamos de falar. Assistimos ao filme em DVD Saga Crepúsculo: Lua nova. Ficamos ali vendo o sofrimento da personagem principal Bella, que fora abandonada pelo seu amor Edward, um vampiro. E que consegue aos poucos reviver com a presença de seu amigo e quase namorado Jacob que no final das contas era um lobisomem. Que engraçado o Jacob do filme parecia um pouco com meu Jacob. Claro sem aqueles músculos, o meu sol. Assim como Bella o via, um sol na vida dela.
O filme terminara e estávamos a comentar o filme, sobre a transformação dos lobos e os vampiros imortalizados em pura beleza. Escutei a campainha e Maria foi atender.
Maria voltou e junto com ela estava Leonardo.
--- Oi Ralph, queria saber se estava bem? Disse Leonardo.
--- Como assim? Disse Maria.
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